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Choque é um estado em que não existe suficiente corrente sanguínea para irrigar os tecidos do corpo como resultado de problemas com o sistema circulatório. Os sintomas iniciais podem incluir fraqueza, aumento do ritmo cardíaco, suores, ansiedade e sede. À medida que as complicações se agravam, os sintomas iniciais podem ser seguidos por confusão, perda de consciência ou paragem cardíaca.
Existem quatro tipos principais de choque, dependendo da causa subjacente: Hipovolémico, cardiogénico, obstrutivo e distributivo. O choque hipovolémico pode ser causado por hemorragias, diarreia, vómitos ou pancreatite. O choque cardiogénico pode ser causado por enfarte do miocárdio ou contusão cardíaca. O choque obstrutivo pode ser causado por tamponamento cardíaco ou pneumotórax de tensão. O choque distributivo pode ser causado por sepse, anafilaxia, lesões na parte superior da medula espinal ou algumas overdoses.
O diagnóstico geralmente baseia-se na observação dos sintomas, exames físicos e exames laboratoriais. Suspeita-se de choque quando se observa diminuição da pressão de pulso (diferença entre a pressão arterial sistólica e diastólica) ou elevada frequência cardíaca. O diagnóstico é apoiado por um índice de choque superior a 0,8.
O tratamento do choque circulatório depende da causa subjacente provável. Geralmente começa-se por garantir que as vias aéreas se encontram desobstruídas e que a respiração está assegurada. São estancadas as hemorragias, o que pode requerer cirurgia ou embolização. Na generalidade dos casos é administrada terapia intravenosa com lactato de Ringer ou bolsas de hemácias. Também é importante assegurar uma temperatura corporal normal. Em alguns casos pode ser benéfica a administração de vasopressores. O choque é relativamente comum e apresenta um elevado risco de morte. Nos Estados Unidos, todos os anos são admitidas na urgência 1,2 milhão de pessoas com choque, sendo o risco de morte de 20 a 50%.